Matriz – São Judas Tadeu e São João Batista

Histórico

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   A Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista, constituída Paróquia por decreto de Dom Afonso Niehues no dia 15 de abril de 1983, eleva a Deus um sincero louvor por todas aquelas pessoas que fizeram e ainda fazem a história da comunidade religiosa desta região de Palhoça. Tudo começou a tempos atrás e de forma modesta.

   Do ano de 1962 a janeiro de 1967, quando a Paróquia de Palhoça era assistida pelo Padre Luiz Gonzaga Adams, começamos a receber as primeiras visitas do Pároco. Mas foi o Padre Osvaldo Prim que, assumindo em 1967 a Paróquia de Palhoça, percebeu a importância de um atendimento mais direto a esta comunidade. O próprio Padre Osvaldo escreveu que, procurando conhecer a paróquia, descobriu a comunidade da Ponte do Imaruim. Nesta comunidade encontrou um oratório construído na cabeceira da Ponte Velha. Viviam aqui cerca de 50 a 60 famílias. Neste oratório foi colocada uma imagem de São Judas Tadeu. Enquanto não havia missas, o povo se reunia para as novenas aos sábados à noite. Foram alguns membros da comunidade que participaram da construção do oratório: João Odemar dos Santos (Jóca), Otávio Santos, Juca, Luis Medeiros, Mazinho, Valdir Schlemper e outros. A atual imagem de São Judas Tadeu que encontramos na Igreja Matriz é a mesma dos anos 60, porém, restaurada.

   Em junho de 1967, Palhoça recebeu a visita do Senhor Arcebispo Dom Afonso Niehues. Visitando a Ponte, ele e o Padre Osvaldo perceberam que o ideal não seria construir uma Igreja lá perto do rio, mas sim no centro do núcleo habitacional que estava se formando. No ano de 1968 a Santa Missa começou a ser celebrada numa área verde deste conjunto habitacional. Padre Osvaldo lembrava que muitas vezes a missa começava com o céu estrelado e terminava com os participantes debaixo de seus guarda-chuvas. No ano de 1969 a missa começou a ser celebrada no Grupo Escolar que havia sido construído.  Nesta época foi cedido para a comunidade o terreno onde hoje se encontra a Igreja Matriz. Neste terreno, no dia 24 de junho de 1971, foi colocado o primeiro tijolo da Capela que em seguida foi construída.

  A primeira missa celebrada dentro da Capela foi no dia 04 de setembro de 1971. Em outubro de 1972, ainda em construção, pela primeira vez a nova capela recebeu a visita do Senhor Arcebispo. No dia 24 de junho de 1973 a Igreja então já construída foi inaugurada. Como dia 24 de junho é dia de São João Batista, data que coincidiu, tanto para a colocação do primeiro tijolo como para a sua inauguração, Padre Osvaldo sugeriu que, além de São Judas Tadeu, São João Batista fosse padroeiro da comunidade. Daí o porquê da paróquia possuir dois Santos Padroeiros.  A partir da Construção da Capela começou-se a organizar as comissões administrativas, integradas ao Conselho de Pastoral da Comunidade (CPC) a partir da primeira década de 2000. Em 1972 o Sr. Basílio Cesconetto assumiu a comissão; Em 1973 o Sr. Pedro Fortunato; Em 1976 o Sr. Eugênio Vieira; em 1977 o Sr. Geraldo Borges; Em 1980 o Sr. Edemar Reitz; Em 1982 o Sr. Quirino dos Santos.

  Desde a Inauguração da nova igreja a Comunidade foi se organizando em diferentes grupos de atuação pastoral: Catequese, Apostolado da Oração, Preparação para o Batismo, Grupos de Jovens, Grupo de Crianças, de Adolescentes, novenas nas casas, Cursilho de Cristandade, Movimentos de Casais, etc.

  Reinava grande entusiasmo e alegria em todas as lideranças desta porção do Povo de Deus. No ano de 1978, mais especificamente no dia 18 de dezembro, nossa paróquia foi agraciada com a vinda das Irmãs da Fraternidade Esperança, que passaram a viver com as famílias carentes do bairro, muito se dedicaram e se dedicam à nossa paróquia. Dentre as irmãs merece lembrança especial Irmã Neves (Alete Alves), que faleceu no dia 02 de novembro de 2013. Ao falar sobre os primeiros tempos desta comunidade ela lembrava que vivia encantada com a situação da Capela, com tudo que ali florescia. Ela dizia que nunca tinha vivido numa comunidade onde o povo mesmo tomava conta de tudo, conduzia todo o processo da caminhada de fé. Segundo ela, foi um tempo que deixou saudades.

  Desde os anos 60 até os anos 80, quando se instituiu a paróquia, muitas foram as pessoas que fizeram esta história: os falecidos Padres Luiz Adams e Osvaldo Prim, os presidentes e demais membros das Comissões Administrativas, os responsáveis pelos diversos trabalhos pastorais existentes, as Irmãs, os benfeitores, etc. Deus seja louvado por tudo que foi feito e pela participação e doação de todos.

  Em 1983 nossa comunidade foi elevada a sede da Paróquia São Judas Tadeu e São João Batista. Possuía, além da Matriz, mais quatro comunidades: Nossa Senhora de Lourdes do Jardim Eucaliptus criada em 1977, Nossa Senhora Aparecida do Jardim Eldorado criada em 1978, Nossa Senhora do Rosário do Brejaru criada em 1981 e Nossa Senhora da Praia criada em 1983. O primeiro pároco foi o próprio Padre Osvaldo Prim.

  De 1983 a 1986 assumiu a Comissão Administrativa o Sr. Ireno Hilesheim. Em junho de 1983, celebrou-se pela primeira vez a Festa de Corpus Christi. Em 1984 iniciou-se a construção do Salão Paroquial que foi inaugurado no ano de 1989. Muitos mutirões e muitas pessoas colaboraram! Em setembro de 1985 iniciou-se a Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Em dezembro de 1985, após meses de enfermidade a Igreja perdeu o Padre Osvaldo Prim, que partiu para a Casa do Pai. Neste tempo a paróquia era atendida pelo Padre Sérgio de Souza. Em janeiro de 1986 assumiu o Padre Idonizete Krüger, como pároco. Padre Krüger, com seu jeito próprio de ser, movimentou a paróquia. No mesmo ano de 1986 a Comissão Administrativa foi assumida pelo Sr. Antônio Hilesheim. Em 1987 Padre Krüger foi transferido para Leoberto Leal.

  A Paróquia foi então agraciada com a vinda dos padres do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME). Em março de 1988 recebeu mais um pároco, que muito marcou esta Paróquia: Pe. José Negri. Foi constituído bispo auxiliar de Florianópolis em 14 de dezembro de 2005 e bispo da Diocese de Blumenau de 18 de fevereiro de 2009 a 17 de janeiro de 2014, quando assumiu a Diocese de Santo Amaro em São Paulo. Em 01 de abril de 1989 foi inaugurado o Salão Paroquial. Na mesma oportunidade foi trocada a comissão administrativa e novamente o Sr. Ireno assumiu. Ainda em abril de 1989, outro passo importante de nossa história: a Capela construída em 1973 é demolida com a ajuda dos membros da comunidade para a construção de uma nova Igreja, que pudesse receber bem os paroquianos que cresciam cada vez mais.

  Em 1990 Pe. José deixa a paróquia, que recebe como pároco o Pe. Franco Zanotti. Em 10 de novembro de 1991 a paróquia inaugurou a atual Igreja. Em 1992 assume a comissão Administrativa o Sr. Adílson Bunn. Neste mesmo ano o Pe. Franco deixou a paróquia. Durante alguns meses nossa paróquia foi assistida pelos padres da Palhoça e ficou sob a responsabilidade do Diácono José Alceni. Vários padres da região colaboraram conosco nas celebrações das Missas. Em 1993 assumiu a Paróquia o Pe. Manoel João Francisco, nomeado bispo em 1998. No mesmo ano ele teve que sair para assumir outro trabalho na Arquidiocese. Posteriormente foi bispo de Chapecó de 1999 a 2013 e assumiu a diocese de Cornélio Procópio no Paraná em 26 de março de 2014.

  Foi então que veio trabalhar conosco, em 1994 o Pe. Norberto Debortoli. Ainda em 1994, no mês de Junho, tivemos o primeiro membro da comunidade matriz ordenado Diácono Permanente: Antônio José Medeiros. Em 13 de setembro de 2008 foi ordenado Diácono na comunidade do Jardim Eldorado o Sr. Antônio Della Giustina. A partir de 15 de novembro de 2012 ordenou-se Diácono do Sr. José Horteni da comunidade Matriz. Em 20 de junho de 2015 o Sr. Jânio Passos Lino recebeu a ordenação diaconal e passou a exercer seu ministério especialmente na comunidade do Brejarú. As comunidades e a paróquia contam com suas presenças e colaboração.

  Em 1995 o Sr. Afonso Vieira assume a CAEP da Matriz. Em 1998 a CAEP fica sob a responsabilidade do Sr. José Vicente. Pe. Norberto Debortoli permaneceu até janeiro de 2001 quando nossa paróquia recebeu o Pe. Carlos Rogério Groh. Padre Rogério deixou a paróquia em julho de 2002. Foi Orientador Espiritual do Movimento Emaús desde 2006 e Coordenador de Pastoral da Arquidiocese de 2007 até seu falecimento em 11 de dezembro de 2008. Em julho de 2002 assumiu como Pároco o Pe. Luiz Rebelatto, permanecendo até janeiro de 2013. No dia 01 de fevereiro de 2013, assume a paróquia como pároco, o padre Hélio Tadeu Luciano de Oliveira e como vigário, Padre Isatino Dias.

  Padre Gilberto Lima de Moura também desempenhou suas atividades na paróquia, de março de 2007 a janeiro de 2008, quando o Padre André Luiz Ouriques passou a residir na comunidade do Eldorado, até dezembro de 2008. Em 2009 entraram em vigor novos regimentos na Arquidiocese, prevendo a criação do Conselho Paroquial de Pastoral e dos Conselhos de Pastoral das Comunidades para serem instrumento de comunhão eclesial, lugar de encontro e de convergência, de diálogo e de planejamento, avaliação e irradiação pastoral. O Pe. Elizandro Scarsi fez o seu estágio pastoral entre nós em 2011 quando foi ordenado Presbítero em 21 de maio e passou a ser Vigário Paroquial, permanecendo até janeiro de 2013.

  Desde os primeiros tempos nossa comunidade vem caminhando a todo o vapor. A Ponte do Imaruim se torna um bairro cada vez maior de nossa Palhoça. Da mesma forma crescem nossas atividades pastorais, nossa presença de Igreja na comunidade. Deus seja louvado por tudo que pôde realizar nos corações de nossos paroquianos, de nossas famílias na história de nossa comunidade religiosa na Ponte do Imaruim. Deus seja louvado pelos nossos 32 anos de paróquia. Que Deus tenha junto a ele no Céu todos aqueles e aquelas que um dia fizeram parte da nossa paróquia e que já partiram desta vida. Que Deus abençoe todos aqueles que colaboraram e ainda colaboram com o Projeto Evangelizador de nosso Senhor Jesus Cristo.

  Queremos, no momento atual de nossa vida paroquial, a partir da aprovação em Assembleia do plano paroquial de pastoral em 2013: EVANGELIZAR, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo (cf. Jo 10,10).

Texto elaborado pelo Pe. Carlos Rogério Groh e atualizado pelo Pe. Isaltino Dias.

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